quarta-feira, 29 de julho de 2009

"Distraído, querido Perdido em muitos sorrisos Sem nenhuma razão de ser..."

Às vezes pensar demais cansa, é desnecessário, é doentio. Quem disse que toda reflexão é válida?, que toda intenção tem de ser proposital?, que a consciência precisa estar presente em todos os momentos? É, quem disse isso deve ter deixado passar um bocado de coisas na vida. A distração, o “se deixar levar”, pode nos dar tanto, pode colorir o mundo de um modo tão vivo, tão alegre, intenso, genuíno... macio! De uma hora pra outra somos levados, deixamos de ser sujeito para sofrer a ação. E isso pode ser realmente mágico, não é todo dia que acontece, mas acredite, acontece! Confiar no acaso e ver as surpresas de que ele é capaz não é para qualquer um, é cheio de “sem compromisso”, sem previsão, sem lógica e assustadoramente irracional. Tentamos criar ligações e o desejo de ter, ao menos um pouquinho, de controle, é enorme, mas não... não temos. Talvez não seja uma questão de "confiar" , mas “deixar”, deixar o acaso vir, fazer o que tem de ser feito e ir embora... engraçado!, não é em qualquer momento que estamos prontos para o acaso, mas nada como estar distraído para que ele se faça presente.

http://www.youtube.com/watch?v=5tiR7A-4_J4&videos=XRGByVOBxtw&playnext_from=TL&playnext=1

Distraido (Christiaan Oyens - Zélia Duncan)

"Se você não se distrai, o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade
E quebra o encanto doce
De te surpreender de verdade
Se você não se distrai, a estrela não cai
O elevador não chega
E as horas não passam
O dia não nasce, a lua não cresce
A paixão vira peste
O abraço, armadilha

Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser
Olhando o céu, chutando lata
E assoviando Beatles na praça
Hoje eu quero encontrar você

Se você não se distrai,
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio
Não rí de você mesmo
A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade"

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A delícia de experimentar coisas novas !!!

http://www.youtube.com/watch?v=BDIM5njaspc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=PxcZEuUcz70

;-)

domingo, 5 de julho de 2009

Conhecer...

Conhecer... Você já pensou “o que é” conhecer alguém?! Como se dá isso?! Parece algo simples, “Oi, tudo bem... o que anda fazendo... vamos sair...” conhecemos parcialmente, vemos nuances e até algumas formas, e por mera vontade de nossa imaginação completamos o resto. Vemos como o outro age, como pensa, do que gosta, e ai decidimos se queremos ou não compartilhar mais, se doar mais, fazer com que ele faça parte de sua realidade. Quando deixamos e escolhemos que esse “compartilhar” se efetue, é difícil desfaze-lo, o sentimento se habilita a amarrar os vínculos e fazer ligações, e sem mesmo nos avisar a pessoa está lá, um pouco dentro de nós mesmos. Nesse momento, parece que já conhecemos a pessoa que está ali, na nossa frente, compartilhando boa parte de nossas vidas. Engraçado, mas o conhecer ainda não se concretiza, é demorado, leva tempo, é gradativo. E o mais louco, nos relacionamos com imagens formadas de personas que conhecemos, que confiamos. E um belo dia, a vida, o destino, ou sei lá quem, nos prega peças e nos faz aprender, e num passe de atitudes, a pessoa se mostra, de modo amargamente verdadeiro, aberto, e o susto de ver o desenho se formando por completo, às vezes assusta, aterroriza. E é completamente desnorteante reformar toda a história, e aceitar que até então eu me relacionava com o que construí, a pessoa estava lá fora, mas tinha outra aqui dentro. Construímos nossas realidades, fazemos isso automaticamente. E o pior é que às vezes é decepcionante, e de novo aprendo...